terça-feira, 5 de julho de 2011

NOSSO SENTIMENTO

Confrade amigo Raimundo e família,
És um exemplo para todos nós, será sempre lembrança e saudade entre nós, nos sentimos sós e abandonados. Ainda não dá pra acreditar. A dor é grande e sempre vai doer quando lembrarmos os momentos alegres, a determinação e ações que sempre contagiava a todos.
Você com certeza sempre existirá, sua obra se perpetuará através das sementes que semeou. Eterno companheiro, sua missão foi cumprida com humildade, sabedoria e total doação a uma causa tão nobre, a essência do ser. Nosso respeito e agradecimento.
Prezada família, somos aliados, contem conosco. Neste momento tão difícil, pedimos a Deus que os conforte  permitindo que a força, o exemplo, o amor, a dignidade e a união que sempre  esteve presente nesta família permaneça com resignação e fé.
Ficamos aqui na certeza de que estás com Deus, te amaremos sempre.

Seus amigos da ALALF 

SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM A RAIMUNDO NONATO

        A Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas promoveu uma Sessão Solene a Raimundo Nonato, acadêmico recém-falecido, quem prestou relevantes serviços à instituição.  A homenagem aconteceu na noite de 9 de junho.

     O presidente, Marivaldo Paixão, abriu a reunião ressaltando a importância que o homenageado teve na cultura afro-brasileira e os desafios que, com sabedoria e determinação, conseguiu vencer. A construção de suas obras, como o Bankoma, Associação São Jorge da Gomeia, entre outras, serão perpetuadas pela história.
     Por unanimidade, ele foi indicado Patrono da ALAF, ficando a acadêmica Janeide Borges responsável pela preservação de sua memória. O historiador Gildásio Freitas lhe fez uma abordagem sobre a trajetória de sucesso, com nuances de sua luta em busca do reconhecimento da cultura negra.
     No mês de agosto, em solenidade de aniversário da Academia, o Patrono Raimundo Nonato e o Bankoma serão objetos de uma homenagem especial.


domingo, 5 de junho de 2011

PERDA NA ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE LAURO DE FREITAS

      Raimundo Nonato das Neves
Para quem acredita em destino, às vezes ele nos apresenta surpresas, além daquelas que não acreditamos que possa acontecer. Sabemos que o processo natural nos leva ao envelhecimento, até chegar de forma gradativa, finalizar a vida física. Nem sempre é assim que acontece.
     A cultura afro-brasileira ficou enlutada no dia 1º de junho, com o afastamento precoce da vida do grande incentivador, dedicado e determinado, Raimundo Nonato das Neves. A Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas, a qual ele foi membro e, em pouco tempo, prestou relevantes serviços culturais, sente um vazio indescritível. Acreditamos que sua obra terá continuidade, através dos frutos das árvores que plantou.  O carnaval do Bankoma terá sempre um brilho especial, porque ele estará vivo dentro de cada um dos participantes do bloco.
     Raimundo foi um vencedor e deixa o exemplo de que a vida nos proporciona aquilo que desejamos alcançar, dentro das nossas limitações como ser humano.
     Quem foi Raimundo Nonato: Tata Xicanigoma do Terreiro São Jorge Filho da Gomeia; presidente do Conselho Municipal de Cultura de Lauro de Freitas; fundador e presidente da Associação São Jorge Filho da Goméia; coordenador geral do Ponto de Cultura Bankoma; fundador do bloco afro Bankoma; membro da Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas; representante regional da Ação Griô Nacional; interlocutor de três intercâmbios culturais de níveis internacionais realizados na cidade de Lauro de Freitas com Portugal, Áustria e, recentemente, Colômbia.
     Ele recebeu os títulos de Cidadão Honorário, conferido pela Câmara Municipal de Lauro de Freitas, e Baluarte da Cultura Negra, pelo trabalho em prol da valorização da cultura negra do município de Lauro de Freitas, conferido pelo Rotary Clube Lauro de Freitas, além do prêmio Tuxaua, Articulador e Mobilizador Cultural de Comunidades Tradicionais.

Marivaldo Paixão
Presidente da ALALF

domingo, 1 de maio de 2011

VIOLENCIA, PAZ E EDUCAÇÃO: AS GRANDES QUIMERAS

Autor: Roberto Nascimento de Souza


Desejo partir de alguns princípios para mim incontroversos, sem os quais não haveria qualquer entendimento sobre o que de fato penso.

Assim, em primeiro lugar, entendo que o homem é um bicho, no sentido literal da palavra, adornado através de um processo lento de endoculturação ( eu poderia dizer adestramento) direto e um outro processo ainda mais longo, qual seja o da construção das civilizações hodiernas sob a égide da cultura, sejam aquelas ocidentais, sejam aquelas orientais.

Ao afirmar este princípio não estou a dizer que o bicho homem seja idêntico aos bucéfalos (apesar de encontrarmos uma quantidade assustadora de bucéfalos todos os dias, especialmente no trânsito das cidades e nas principais repartições públicas). Não, não o é. O homem é o único dos animais ( para outros há os jegues) que não é monádico – como são todos os outros, e isto em decorrência da capacidade neuronal adquirida pela evolução da espécie e consolidada em seu dia a dia, cujo cume foi a invenção do símbolo. E não é monádico também porque o homem é o único bicho capaz de fazer hermenêutica da existência, sendo certo que o conceito aqui de existência abrange o Mundo na sua totalidade.

O único bicho que tem a consciência da sua própria perdição, do vazio e do pegajoso nada que se encontra mergulhado, o que lhe remonta a uma desesperada e insana consciência do “sem sentido da vida”, um sem sentido monstruoso, como se fosse um paquiderme socado dentro do estômago, onde até um simples roçar de uma mão nos cabelos, ou um olhar de sorriso, ou um afago de longo, o faz contente e feliz. Eis uma das razões pela qual, malgrado animal todas as teorias psicológicas, necessitamos do carinho do semelhante – porque tudo é absolutamente gratuito e contingente, um afago torna-se o éden para quem coisa alguma possui.

O segundo princípio é: a existência humana afigura-se como um movimento em “ direção a”, exatamente por conta desse vazio. Em direção a significa: rumo ao futuro enquanto possibilidade e somente possibilidade. Essa maratona olímpica vai em busca de um Sentido, sob pena de não se tornar possível a sobrevivência humana – inventamos tudo que nos cerca e copiamos tudo que encontramos, contentamo-nos, assim, por exemplo, com uma TV de plasma ou a perda de tempo em conversas muitas vezes imbecis nas redes sociais e idem perfis falsos, ou mesmo discussões filosóficas sobre o Nada, tudo em busca de um sentido para a vida, jogado que fomos nela a um tempo espaço pré-determinado pela gratuidade de um coito, cujas razões desconhecemos, ou fruto de uma introdução mecânica de sêmen no útero de uma mulher.

Em terceiro lugar este mundo não é o paraíso perdido, o paraíso perdido foi-se nos idos da Queda quando Eva mordeu o fruto proibido – este mundo é a própria hostilidade materializada, ou seja, “um vale de lágrimas, o Mundo é cruel na sua inteireza”.

Estes são os princípios fundamentais para as idéias que aqui serão expostas.

O que significa educar? O que significa paz?

No que tange ao educar todos nós sabemos acerca das duas categorias existentes: a formal e a informal. A formal encontra-se espalhada pelas Escolas, Colégios, Cursos Superiores sob a batuta de educadores profissionais, ou comerciantes hoje a maioria; a informal é aquela proveniente do núcleo primevo que acolheu o homem, ou seja, a família, entendendo-se o conceito de família como aquele mais abrangente, isto é, não apenas pais, mas e principalmente o grupo do entorno do homem, sejam amigos, vizinhos, companheiros ou simples colegas de trabalho e ou escola.
                                                                                         
A educação formal tornou-se a panacéia do Século XXI. Por invenção de algum desocupado monista, a educação formal transformou-se na quinta essência que buscavam os antigos esotéricos: tudo pode ser resolvido através da educação formal, inclusive a violência humana. Não sei quem distorceu tão atabalhoadamente o conceito de educação formal a ponto de transmutá-lo em um modismo: até o Congresso Nacional seria melhor representado se e somente se houvesse educação formal para todos os seus integrant5es e em especial se todos houvessem saído de uma Instituição de Ensino Superior, preferencialmente PhDs ( o ex  Presidente  da República foi alvo inúmeras vezes da burguesia imbecil por não saber falar o português “correto” – como se “falar português correto” fosse a outorga para a capacidade de se construir uma Harmonia entre os semelhantes...).

O Conhecimento fez-se apenas científico, relegando-se aquele popular a um monte de inutilidade e inverdade como um todo.

Recorda-me o conceito de reengenharia no começo da década de oitenta: um engodo alastrado pelo mundo que morreu por absoluta ausência de conteúdo, ausência de conteúdo porque se atribuiu à reengenharia, como ora se atribui à educação formal, o único caminho rumo ao desenvolvimento, construção, perfeição e consolidação de um tipo humano não humano: um anjo sem asas – o engano tanto da única via de solução dos paradoxos, quanto da quimera de transformar o bicho em anjo.

A ânsia é tamanha em colocar a educação formal como solução das contradições, especialmente a superior, que me sinto tentado a pular do bonde do mundo antes que falte a estes coveiros com Phd para enterrar meu corpo – não desejo ficar exposto aos urubus, já os tenho em demasia na vida.

Enquanto isso, a educação informal, o principal alicerce do adestramento humano cuja gênese encontra-se no peito da mãe, foi relegada ao esquecimento barulhento dos corredores dos shoppings centers ou das baladas de um pagode de gosto estético no mínimo duvidoso...

A educação informal foi mergulhada em um tanque subterrâneo, lacrada por concreto e aço e adormecida através de ansiolíticos.

E o que significa Paz? Poder-se-ia traduzi-la como tranqüilidade? Satisfação interior? Equilíbrio? Harmonia? Convergência de interesses duais e coletivos? Ou um estado de graça?
                                                                                                   
Quero entender o termo Paz não no seu sentido metafísico idealista: Paz, para mim, é a convergência das divergências das consciências em torno de um comum acordo circunstancial-concreto-histórico-espacial, por um caminho cujo objetivo se torna único, mesmo havendo interesses antitéticos e ou divergentes entre os interessados: é a Harmonia dos contrários.

A Paz, na sua totalidade, revela-se em si mesmo como uma outra quimera ou um simples sacrifício de ordem pessoal: um sonho inatingível ou um esforço consciencial para renunciar-se aos projetos individuais em benefício de um valor escolhido como mais elevado e que abranja toda a Humanidade. Isto seria a Paz.

Portanto, já temos alguns problemas: de um lado a animalidade humana e sua ferocidade, l em parte intersectados à crueldade do Mundo, um dantesco inferno vivo que nos obriga por força de suas lei químico-físico-biológicas a burlar-lo diuturnamente: ademais um vazio permanente a acompanhar-nos pela vida, em uma corrida desesperada do Sentido buscado; d ´outro lado, por fim, a necessidade de atingir uma harmonia momentânea sem a qual pereceremos e destruiremos a própria humanidade e, portanto, o Mundo. Entrementes uma encruzilhada:  “Mundo sem Consciência não há, Consciência sem Mundo é inexistente”.

A questão, então, que se coloca é como fazê-lo, de forma a construir o caminho, de que forma atingir o objetivo maior que é a preservação da existência, se é que há viabilidade desta pretensão.

Particularmente, não vislumbro possibilidade de uma harmonia perene entre os contrários, haverá sempre tensão, mas um pacto temporário e acima de tudo repleto de tribulações próprias da temporalidade.

Tampouco sou monista e, por isto, não penso que a educação formal seja o únc0o caminho a ser utilizado para atingir o pacto apontado.

A animalidade humana não foi extinta, foi domada. Mas domada em certas circunstâncias concretas e historicamente definidas, ou se desejarem em situações aprisionadas por situações. Represou-se um vulcão, contudo não se destruiu o vulcão, este permanece ativo e adormecido de acordo com suas circunstâncias, mas ativo e vivo quando se lhe querem ou se lhe oferecem as razões de rugir.

Gostaria de perguntar a cada um de vocês quantas vezes pensaram em literalmente arrancar os miolos dos seus semelhantes, mesmo que através de dentadas, ou estuprar a garota faceira que bela lhes rejeita, como fazem todos os bichos que habitam esta casa chamada Mundo. Nenhum de nós que pensamos em liquidar um ou outro, ou estuprar o semelhante, ainda o fez – simplesmente em decorrência do adestramento que tivemos durante nossas respectivas vidas, um adestramento acima de tudo informal, damos um murro na parede, gritamos e ou mergulhamos no deus Onan, mas não matamos, nem estupramos.

O que desejo afirmar e que fique claro: nosso adestramento amenizou e ou adormeceu nossos instintos, contudo não os matou, não os extinguiu – suportamos as mazelas das relações consciências, aceitamos como franciscanos os golpes e mal entendidos da comunicação entre consciências, acatamos a fúria de terceiros, mas te certo ponto, até a exaustão completa ou parcial quando explodimos e fincamos no ventre alheio toda nossa violência represada durante milênios e milênios de adestramento incorporado.

Assim é a animalidade humana: um vulcão aprisionado e pronto para morder a jugular dos idealistas ou dos pretensos indicadores de caminhos angelicais, os mesmos que semearam a falsa idéia de que a educação formal é a solução para todos os problemas e especialmente a via para se atingir a Paz.

Em outras palavras: hoje o Conhecimento formal transformou-se no único esteio do que se pretende e da erudição fez-se a necessidade. Esquecem-se os monistas que conhecimento pressupõe Verdade e que Verdade não se encontra na Consciência, mas no Mundo – acontece que para atingi-la é necessário interpretar, e interpreta-se falsamente. Isto significa: não é através do Conhecimento formal, apenas, que poderemos pactuar um tipo de Harmonia em busca de nossa sobrevivência.

A Verdade é uma certeza, mas sua apropriação apenas uma possibilidade.

A fim de que se possa tingir o pacto que lhes escrevo, e isto penso eu, deve-se rever alguns procedimentos consolidados por inúmeras transformações provenientes dos sistemas econômicos inventados por nós mesmos e enraizados ao longo da História da Humanidade.

A primeira reformulação deve passar pelo papel de Mãe e Pai no adestramento de seus filhos – não é possível que continuemos no silêncio obsequioso dos dias de hoje no que tange aos processos endoculturativos necessários para a mitigação da animalidade.
                                            
Mãe e Pai ausentam-se em busca da suposta sobrevivência ( o que significa a aquisição imediata do novo aparelho de escuta multidimensional à distância, ou seja lá o que inventarem como necessário à vida), depositam seus filhos nas mãos de terceiros, ou quartos, chegam às suas casas ( na verdade estalagens ) cansados e mau humorados, não têm tempo suficiente para um afago nas cabecinhas ou um beijo nas bochechas rechonchudas dos seus rebentos, não lhes fornecem sequer um sorriso, porque simplesmente não conseguem, e dormem após o sexo, quando há, como outras tantas hienas o fazem, não sem antes aborrecerem-se quando abrem as faturas dos cartões de crédito.

Pela manhã cedo, eis que o dever os chama alguém vem buscar suas crias para a Escola e, vida que segue, seus contatos deixam o núcleo original e o espelho da imitação para terceiros que apesar de fazerem parte do todo, é parte, não é o todo. Retornam os bichinhos para a Estalagem e encontram uma mal humorada criada à sua espera – algumas usam chicote, outras mais sutis a indiferença – e tome-lhes virtualidade, virtualidade, virtualidade (isto na classe média, imagine na linha de pobreza).

A virtualidade tornou-se de tal sorte dominante que expressões óbvias agora são cognominadas de “politicamente incorretas” (outro desocupado e rico a cunhou). Desta forma, não posso chamar anão de anão, deve ser hipo-suficiente de altura, não posso chamar cego de cego, deve ser deficiente visual – ora, pois, a virtualidade chegou à linguagem, a hipocrisia atingiu o Real, condenamo-nos ao mundo do faz de conta e até um bom dia é interpretado como sinal de presunção ou esnobismo.

Ademais,  alargou-se o conceito de “amigo” para todos, inclusive em relação aos filhos : meus filhos não são meus amigos, são meus filhos e devo exercer a autoridade necessário para domá-los nesta Selva. Amigo não determina, aceita; amigo não aponta o caminho, cala; amigo é cúmplice, não autoridade; amigo é companheiro de jogos, esquina, burla e prazer; amigo não adestra, acolhe.

E o pior: este conceito de “amigo” atingiu a educação formal e a “pedagogia do amigo” tornou-se outra panacéia – uma discussão que levaria horas e horas, folhas e folhas de escrita...

Parece um discurso na contramão da História, e não o é: é um discurso de pretensão à reflexão – estamos de fato construindo uma harmonia entre os díspares? Estamos conseguindo o adestramento dos animais, estes que somos? Ou atingimos um ponto de não estarmos a controlar nossas próprias animalidades? Como posso controlar um animal senão através de atitudes hoje denominadas de autoritárias?

E o pior: qualquer gesto de carinho, o mínimo que seja, é interpretado automaticamente como submissão ou fraqueza: o pragmatismo tomou conta da Vida e está destruindo a Vida.

Não lhes entrego soluções, não as tenho, contudo há uma imperiosa necessidade, e urgente, de refletir-se, sem qualquer preconceito, com o fito de encontrar um caminho para escaparmos do monismo da educação informal, já falida, como único fundamento que propiciaria o desenvolvimento humano. Precisamos entender, de uma vez por todas, que a Violência humana não será extinta e de que a Paz não se constrói senão com as diferenças e que é na reestruturação da família que conseguiremos um adestramento dos humanos para atingir a Harmonia que necessitamos.

Se me perguntarem das possibilidades de se atingir tudo isso, confesso-lhes que sou um grande cético, ao enxergar e escutar o que até agora estamos a construir como Mundo, todavia em sendo o futuro uma possibilidade, abre-se as asas da esperança, esta fincada na concretude da existência: se dermos, e somente se, uma guinada no projeto arquitetônico que construímos um projeto cujos resultados se nos apresentam como ineficientes, aí sim a possibilidade torna-se certeza e alcançaremos, no futuro, a Harmonia que se diz Paz.

Então, pode bem dar-se que possamos tranquilamente adormecer no colo de uma mulher como fazíamos no útero aconchegante das nossas mães e gargalhar despudoradamente qual menino travesso quando empina suas coloridas pipas na imensidão do firmamento.



domingo, 9 de janeiro de 2011

ORGANOGRAMA

DIRETORIA


CONSELHO DIRETOR
Presidente - Marivaldo Batista da Paixão.
Vice-presidente - Gildásio Vieira de Freitas.
Secretária - Janeide Borges de Oliveira Reis.
Tesoureiro - Edson  Alves de Mello.
Diretor de Cultura e Planejamento - Terezinha  Maria Barros Santos.
Diretor Administrativo - Joe Frank Almeida da Silva.
Diretor de Patrimônio - Gildásio Vieira de Freitas.

CONSELHO FISCAL
Titular
Ana Cristina Filgueiras de Andrade.
Raimundo Nonato das Neves.
Justina Maria Lima de Souza -Tina Tude.
Suplentes
Roberto Nascimento de Souza.
Emanuel Paranhos Correia.
Maria Lúcia Moreira Lopes de Azevedo Almeida.

COMISSÕES PERMANENTES
Comissão de  Educação - Carmem de Britto Bahia.
Comissão de Projetos e Captação de Recursos - Márcia Normando Tude.
Comissão de Eventos - Kátia Cunha Melo Moreira dos Santos.
Comissão de Divulgação - Roberto Nascimento de Souza

ASSESORIAS PERMANENTES
Assessoria Jurídica - Maria Cristina Olímpio.
Assessoria de Relações Públicas - Coriolano Alberto Andrade de Oliveira.

DISCURSO DE POSSE DO PRESIDENTE


Tive o primeiro contato com a cidade de Lauro de Freitas no ano de 1971. Naquela época, as ruas, as praças e as avenidas ainda possuíam características de um município com poucos anos de emancipado, em busca do desenvolvimento. O nome Santo Amaro de Ipitanga era forte entre os habitantes. Os movimentos culturais eram tímidos, porém já existiam grandes poetas, artistas e pessoas que imortalizaram a terra, através de suas obras, como: Tude Celestino, Gregório Pinto de Almeida, José Álvares do Amaral, Dércio Freitas, Mãe Mirinha de Portão, Benevides Curaçá, Padre Maia, João Expresso, dentre outros.
    Em 1897, Joaquim Maria Machado de Assis participou da fundação da Academia Brasileira de Letras e foi o seu primeiro presidente. Estava aberta a porta para escritores e poetas reconhecidos pelas suas contribuições através das Letras se tornarem imortais. A nossa cultura, mais de um século depois, tornou-se mais dinâmica, moderna, por isso o número de pessoas que possuem destaque nas Letras e Artes cresceu. A criação de Academias com alternativas que contemplam esses segmentos tornou-se inevitável e, atualmente, chega a milhares no Brasil.
     Aos quarenta e oito anos de emancipação, Lauro de Freitas é uma importante metrópole, constituída de faculdades, shoppings, bancos, televisão, emissoras de rádio, revistas, jornais, portais, indústrias, aproximadamente cento e cinquenta associações de bairros, Conselhos de Cultura, de Saúde, de Assistência Social, Clubes de serviços, como o Rotary Clube, Lions Clube, Maçonaria e de dezenas de artistas e escritores. É nesse momento que nasce a Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas.
     Esse projeto foi idealizado há doze anos, pelo historiador Gildásio Freitas. Depois de cinco anos de amadurecimento, um ano de trabalho intensivo, o apoio da Academia de Cultura da Bahia, da Alarme e o desempenho de abnegadas pessoas ligadas à Literatura, Artes e Cultura, no dia 17 de junho, a Academia foi fundada. Tive a honra de ser eleito o presidente do biênio 2010/12.
     Agradeço a confiança e tenho certeza de que com o apoio  dos acadêmicos, em uma gestão compartilhada, poderemos construir  um novo modelo de movimento cultural do Município.
      A Academia é reconhecida de utilidade pública, de direito privado, sem fins lucrativos e tem como objetivos: contribuir para o desenvolvimento e difusão das Letras, das Artes e da Cultura, da Bahia e do Brasil e, em especial, defender e conservar a memória histórica de Lauro de Freitas.
     Temos como propostas realizar, através de parcerias e convênios público e privado, projetos, programas e ações que possam motivar a prática da leitura, com a promoção de concursos literários em escolas municipais e particulares, feiras de livros, apoio a projetos culturais e divulgação de novos autores; apoiar os eventos promovidos pelas instituições representativas dos artistas plásticos e visuais, artesanato, cantores, compositores, jornalistas, dança, teatro, movimentos folclórico e afro-brasileiros; ações e campanhas de conscientização sobre a preservação de meio ambiente; programas de reconhecimento dos valores da terra, cujas potencialidades estão adormecidas, além de programas de incentivo e inclusão de novos talentos em segmentos diversos.
     Recebemos importante apoio da Unime, que tem contribuído com a cultura e apoiado os projetos sociais do Município.
     Estamos consolidando um projeto e iniciando mais um desafio com uma longa etapa de trabalho, que será realizado com dedicação e determinação.
     Estamos certos de que as nossas finalidades serão bem recebidas pela cidade de Lauro de Freitas.

Obrigado.

Marivaldo Paixão
    Presidente

Histórico da fundação da ALALF

A cidade de Lauro de Freitas, que completa quarenta e oito anos de emancipação, atualmente é um pólo de indústrias, faculdades e empresas de veículos de comunicação; além de dezenas de pessoas que contribuem com a cultura e artes, através de seu talento e de suas obras. É nesse momento que surge a Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas, um projeto idealizado há quatorze anos e que depois de cinco de amadurecimento se consolidou através do trabalho de abnegados operários das artes e da cultura.   A Academia, fundada em 17 de junho de 2010, com sede e foro na cidade de Lauro de Freitas, Estado da Bahia, é uma instituição de direito privado, reconhecida, de utilidade pública, sem duração determinada, sem fins lucrativos, constituída por dezessete pessoas produtoras culturais, de ilibado conceito. A ALALF tem como objetivos contribuir para o desenvolvimento e difusão das Letras, das Artes e da Cultura do Município, do Estado da Bahia e do Brasil. Defende, essencialmente, os valores culturais da Cidade, em sua conservação e memória, no campo da criação literária e em todas as demais manifestações nos diversos segmentos culturais.
     No dia 20 de agosto, às 18 h, no auditório da Unime, realizou-se a solenidade de fundação e posse do Conselho Diretor e acadêmicos fundadores. Para presidir a instituição, no biênio 2010/12, foi eleito o Marivaldo Batista da Paixão (foto) e, para vice-presidente, Gildásio Vieira de Freitas.
     Serão diplomados os seguintes acadêmicos:
     Ana Cristina Filgueiras de Andrade - Consultora Organizacional.
     Carmen de Britto Bahia - Educadora.
     Coriolano Alberto Andrade de Oliveira- Produtor Cultural.                         
     Edson Alves de Mello - Artista Plástico.                             
     Emanuel Paranhos Correia - Historiador.
     Gildasio Vieira de Freitas - Historiador.
     Janeide Borges de Oliveira Reis - Educadora.                           
     Joe Frank Almeida da Silva - Editor Gráfico.                                           
     Justina Maria Lima de Souza (Tina Tude) - Atriz.
     Katia Cunha Melo Moreira dos Santos - Museóloga.
     Márcia Normando Tude - Escritora e Editora.
     Maria Cristina Olímpio - Juíza de Direito (aposentada).
     Maria Lúcia Lopes Moreira de Azevedo Almeida- Educadora.
     Marivaldo Batista da Paixão - Escritor.
     Raimundo Nonato das Neves - IProdutor Cultural.
     Roberto Nascimento de Souza - Professor Universitário.
     Terezinha Maria Barros Santos -Professora Universitária.