Tive o primeiro contato com a cidade de Lauro de Freitas no ano de 1971. Naquela época, as ruas, as praças e as avenidas ainda possuíam características de um município com poucos anos de emancipado, em busca do desenvolvimento. O nome Santo Amaro de Ipitanga era forte entre os habitantes. Os movimentos culturais eram tímidos, porém já existiam grandes poetas, artistas e pessoas que imortalizaram a terra, através de suas obras, como: Tude Celestino, Gregório Pinto de Almeida, José Álvares do Amaral, Dércio Freitas, Mãe Mirinha de Portão, Benevides Curaçá, Padre Maia, João Expresso, dentre outros.
Em 1897, Joaquim Maria Machado de Assis participou da fundação da Academia Brasileira de Letras e foi o seu primeiro presidente. Estava aberta a porta para escritores e poetas reconhecidos pelas suas contribuições através das Letras se tornarem imortais. A nossa cultura, mais de um século depois, tornou-se mais dinâmica, moderna, por isso o número de pessoas que possuem destaque nas Letras e Artes cresceu. A criação de Academias com alternativas que contemplam esses segmentos tornou-se inevitável e, atualmente, chega a milhares no Brasil.
Aos quarenta e oito anos de emancipação, Lauro de Freitas é uma importante metrópole, constituída de faculdades, shoppings, bancos, televisão, emissoras de rádio, revistas, jornais, portais, indústrias, aproximadamente cento e cinquenta associações de bairros, Conselhos de Cultura, de Saúde, de Assistência Social, Clubes de serviços, como o Rotary Clube, Lions Clube, Maçonaria e de dezenas de artistas e escritores. É nesse momento que nasce a Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas.
Esse projeto foi idealizado há doze anos, pelo historiador Gildásio Freitas. Depois de cinco anos de amadurecimento, um ano de trabalho intensivo, o apoio da Academia de Cultura da Bahia, da Alarme e o desempenho de abnegadas pessoas ligadas à Literatura, Artes e Cultura, no dia 17 de junho, a Academia foi fundada. Tive a honra de ser eleito o presidente do biênio 2010/12.
Agradeço a confiança e tenho certeza de que com o apoio dos acadêmicos, em uma gestão compartilhada, poderemos construir um novo modelo de movimento cultural do Município.
A Academia é reconhecida de utilidade pública, de direito privado, sem fins lucrativos e tem como objetivos: contribuir para o desenvolvimento e difusão das Letras, das Artes e da Cultura, da Bahia e do Brasil e, em especial, defender e conservar a memória histórica de Lauro de Freitas.
Temos como propostas realizar, através de parcerias e convênios público e privado, projetos, programas e ações que possam motivar a prática da leitura, com a promoção de concursos literários em escolas municipais e particulares, feiras de livros, apoio a projetos culturais e divulgação de novos autores; apoiar os eventos promovidos pelas instituições representativas dos artistas plásticos e visuais, artesanato, cantores, compositores, jornalistas, dança, teatro, movimentos folclórico e afro-brasileiros; ações e campanhas de conscientização sobre a preservação de meio ambiente; programas de reconhecimento dos valores da terra, cujas potencialidades estão adormecidas, além de programas de incentivo e inclusão de novos talentos em segmentos diversos.
Recebemos importante apoio da Unime, que tem contribuído com a cultura e apoiado os projetos sociais do Município.
Estamos consolidando um projeto e iniciando mais um desafio com uma longa etapa de trabalho, que será realizado com dedicação e determinação.
Estamos certos de que as nossas finalidades serão bem recebidas pela cidade de Lauro de Freitas.
Obrigado.
Marivaldo Paixão
Presidente
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