O Dia
Nacional da Consciência Negra
É celebrado, no Brasil, em 20 de
novembro. Foi criado em 2003 e instituído em âmbito nacional mediante a lei nº
12.519, de 10 de novembro de 2011, sendo considerado feriado em cerca de
mil cidades em todo o país e nos estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio de
Janeiro por completo através de decretos estaduais. Em estados que não aderiram a
lei, a responsabilidade é do Prefeito, que decide se haverá o feriado no
município. A ocasião é dedicada à reflexão sobre a inserção do Negro na sociedade brasileira.
A data foi
escolhida por coincidir com o dia da morte de "Zumbi dos Palmares", em
1695. Sendo assim, o Dia da Consciência
Negra procura remeter à resistência do Negro contra a escravidão de forma
geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro (1549).
Algumas
entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam
palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças Negras. A
instituição procura evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da
inferiorização perante a sociedade.
A luta pela liberdade
dos Negros brasileiros jamais cessou. Em 1971, um significativo capítulo de
nossa história vinha à tona pela ação de homens e mulheres do Grupo Palmares.
Lá do Rio Grande do Sul era revelada a data do assassinato de Zumbi, um dos
ícones da República de Palmares. Passados sete anos, ativistas negros reunidos
em congresso do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial
cunharam o 20 de novembro como Dia da Consciência Negra. Em 1978, era dado o
passo que tornaria Zumbi dos Palmares um herói nacional, vinculado diretamente
à resistência do povo negro.
Herdamos os
propósitos de Luiza Mahin, Ganga Zumba e legiões de homens e mulheres Negras
que se rebelaram a um sistema de opressão. Lançaram mão de suas vidas a se
conformarem com a prisão física e de pensamento. Contrapuseram-se ante às
tentativas de aniquilamento de seus valores africanos e contribuíram com seus
saberes para a fundação e o progresso do Brasil.
A Academia de
Letras e Artes de Lauro de Freitas, representada pela Presidente Janeide
Borges, orgulhosamente, exalta nossa origem africana e referenda a unidade de
luta pela liberdade de informação, manifestação religiosa e cultural. Buscamos
maior participação e cidadania para os afro-brasileiros e nos associamos a
outros grupos para dizer não ao racismo, à discriminação e ao preconceito
racial.
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